O Complexo do Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), foi um dos participantes do Seminário “Desafios do Emprego no Estado do Rio de Janeiro”, realizado hoje na Alerj. O evento, que foi promovido pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado, discutiu o papel do desenvolvimento regional na construção de estratégias de emprego e renda.
No encontro, o gerente de Relações Institucionais da Porto do Açu Operações, Caio Cunha, apresentou os principais números do empreendimento, e destacou o potencial de crescimento do Açu para os próximos anos. “Nos próximos 5 anos estão previstos R$ 162 bilhões de investimentos no estado do Rio de Janeiro. Deste total, cerca de R$ 19 bilhões, que é equivalente a 12% do total, serão aplicados no norte fluminense, principalmente na região do Açu”, destacou.
Entre os investimentos em andamento no Complexo está a construção de uma termelétrica a gás natural e um terminal de regaseificação, que estão sendo desenvolvidos pela GNA (Gás Natural Açu) e começam a operar em 2021. Além destes, está prevista a construção de mais uma termelétrica a gás natural (com operação em 2023), heliporto, condomínio logístico e hotel, entre outros.
O executivo também destacou a importância do poder público na condução de políticas que possam viabilizar os investimentos previstos. “Uma política estruturada na atração de investimentos, com agências de fomento, regulação definida e clara, e suporte em infraestrutura – como rodovias e ferrovias, é essencial para que o Estado do Rio de Janeiro confirme os investimentos previstos e retome sua capacidade de geração de emprego”, afirmou Cunha.
Conheça o Açu
Com 130 km² de área, sendo 40 km² de reserva ambiental, o Complexo conta, hoje, com 13 empresas instaladas: Porto do Açu Operações, Açu Petróleo, BP Prumo, B-Port (empresa do Grupo Edison Chouest), InterMoor, NOV, TechnipFMC, Wärtsilä, Ferroport, Anglo American, Dome, GNA (Gás Natural Açu) e Estação Açu.
O Porto conta atualmente com mais de 6 mil trabalhadores e tem potencial para 17 km de cais, sendo 40% já operacionais, além de até 25 metros de profundidade atual, o que possibilita a movimentação de navios da classe VLCC (Very Large Crude Carrier), que estão entre os maiores do mundo e tem capacidade de armazenar até 2 milhões de barris de petróleo.
O Complexo tem grande vocação para o segmento de O&G e, atualmente, movimenta petróleo, minério de ferro, carvão, coque, bauxita e gipsita, além de carga geral e de projetos. O Açu também tem autorização para operar veículos e está desenvolvendo um projeto para criar a infraestrutura necessária para a movimentação de contêineres. Além disso, tem ampliado os tipos de cargas movimentadas e clientes, se consolidando como uma excelente opção para a importação e exportação de produtos.
Também possui retroárea disponível para instalação de empresas de diversos segmentos. Por ser um porto 100% privado, há uma maior flexibilidade para o desenvolvimento de soluções customizadas e contratos de longo prazo, de acordo com as demandas dos clientes.
Em 2018, o Complexo do Porto do Açu recebeu um total de 2.535 embarcações, 6% a mais do que o movimentado em 2017. Desde que começou a operar, o porto já recebeu mais de 6 mil navios, apresentando uma taxa de crescimento anual (CAGR) de 85%.