O Núcleo de Controle de Zoonoses (NCZ) de São João da Barra vem utilizando, desde 2019, peixes ornamentais larvófagos das espécies guppy e platy como aliados na eliminação de larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, em 12 piscinas abandonadas no município. As piscinas descuidadas são tratadas com larvicida.
Outra iniciativa que vem alcançando resultado positivo no extermínio de larvas, desde 2017, é a soltura de peixes nativos em áreas alagadas. “Os peixes comem as larvas e não precisamos utilizar tratamento químico”, explica o coordenador do NCZ, Marcos Machado.
O objetivo é promover o controle biológico permanentemente nesses locais, fato que não ocorre com o larvicida que age por um tempo estimado de um a dois meses, perdendo sua resistência. Outro benefício é a economia de gastos excessivos com larvicida.
"Essas medidas vêm apresentando bons resultados, proporcionando estabilidade na vigilância destas piscinas e em áreas alagadas, economia na aquisição de insumo no combate ao Aedes aegypti, além de oportunizar tempo para descoberta de novos reservatórios no dia a dia", relata Marcos Machado.
Um dos locais onde é feito o trabalho de controle biológico permanente é a piscina da antiga Thoian, no Centro. “Tinhamos muitas reclamações do local, mas após autorização do proprietário os peixes foram soltos e hoje a situação está controlada”.
Além desse serviço são executadas outras atividades de combate ao mosquito Aedes aegypti como, por exemplo, recolhimento de pneus em borracharias cadastradas, tratamento de bueiros, visitas domiciliares, limpezas de valas de escoamento, tratamento e escoamento de áreas alagadas, identificação de focos de difícil acesso com auxílio de drone e mutirões em cemitérios, ferros velhos e outros pontos estratégicos.